
"The Lord of the Flies", escrito pelo inglês William Golding, é um livro de alegoria de grande sucesso e leitura obrigatória em muitas escolas. Publicado em 1954, geralmente é lembrado como um clássico da literatura inglesa do pós-guerra, ao lado de A Revolução dos Bichos e O Apanhador no Campo de Centeio.
Muitas pessoas têm apontado inúmeras semelhanças entre O Senhor das Moscas e a série de televisão Lost. A banda de heavy metal, Iron Maiden, compôs uma música sobre o livro. A música "Lord of The Flies " pode ser encontrada no disco The X Factor (1995) e também foi lançada como single.
O título "O Senhor das Moscas" faz uma referência a Belzebu, um sinônimo do Diabo. Para quem ainda não leu, uma rápida sinopse do livro:
Um grupo de pequenos cadetes militares ficam sozinhos em uma ilha deserta, após um acidente de avião em alto mar. Com o passar do tempo, percebendo que a hipótese de serem socorridos logo era pouco provável, os meninos começam a se organizar a fim de combater o medo e o desespero. A diferença de cada um em encarar essa busca pela sobrevivência causa sérios conflitos e divisões.
Há muitas análises em torno do livro. Muitos interpretam como um trabalho de filosofia moral, fazendo comparações entre a ilha e o Jardim do Éden.
O mais interessante na história, na minha opinião, é observar como cada um reage em um ambiente onde não há as regras e normas da civilização, nem adultos para estabelecerem essas normas. Num ambiente assim, em meio a uma selva cheia de mistérios e perigos, é muito fácil a força instintiva vir à tona. Com isso, o comportamento civilizado e baseado na razão do homem é tomado pelo instinto selvagem e pela “lei do mais forte”. É o caso de Jack, que ficou cruel e passou a tentar controlar todos na ilha.
Do outro lado, há Ralph, uma vez que ele é o líder por escolha da maioria e tenta tomar as decisões que sejam melhores para todos. Pode-se relacionar a Ralph a democracia, o governo, a ordem e a responsabilidade. A Jack, pode-se relacionar a barbárie e o lado negro da humanidade. Muitos consideram que ele representa o facismo.
Essa é uma das muitas interpretações e análises possíveis de se tirar do livro. Vale a pena conferir também o filme baseado na trama. Há duas versões, uma lançada em 1963, considerada fiel ao livro, e outra lançada em 1990, que difere em partes do original.
Letícia Almeida