quinta-feira, 29 de março de 2007

O Senhor das Moscas

"Uma sutil análise da psicologia infanto-juvenil e com uma profunda, mas desolada, reflexão sobre os fundamentos antropológicos da violência e da ânsia de poder.”

"The Lord of the Flies", escrito pelo inglês William Golding, é um livro de alegoria de grande sucesso e leitura obrigatória em muitas escolas. Publicado em 1954, geralmente é lembrado como um clássico da literatura inglesa do pós-guerra, ao lado de A Revolução dos Bichos e O Apanhador no Campo de Centeio.

Muitas pessoas têm apontado inúmeras semelhanças entre O Senhor das Moscas e a série de televisão Lost. A banda de heavy metal, Iron Maiden, compôs uma música sobre o livro. A música "Lord of The Flies " pode ser encontrada no disco The X Factor (1995) e também foi lançada como single.

O título "O Senhor das Moscas" faz uma referência a Belzebu, um sinônimo do Diabo. Para quem ainda não leu, uma rápida sinopse do livro:
Um grupo de pequenos cadetes militares ficam sozinhos em uma ilha deserta, após um acidente de avião em alto mar. Com o passar do tempo, percebendo que a hipótese de serem socorridos logo era pouco provável, os meninos começam a se organizar a fim de combater o medo e o desespero. A diferença de cada um em encarar essa busca pela sobrevivência causa sérios conflitos e divisões.

Há muitas análises em torno do livro. Muitos interpretam como um trabalho de filosofia moral, fazendo comparações entre a ilha e o Jardim do Éden.

O mais interessante na história, na minha opinião, é observar como cada um reage em um ambiente onde não há as regras e normas da civilização, nem adultos para estabelecerem essas normas. Num ambiente assim, em meio a uma selva cheia de mistérios e perigos, é muito fácil a força instintiva vir à tona. Com isso, o comportamento civilizado e baseado na razão do homem é tomado pelo instinto selvagem e pela “lei do mais forte”. É o caso de Jack, que ficou cruel e passou a tentar controlar todos na ilha.

Do outro lado, há Ralph, uma vez que ele é o líder por escolha da maioria e tenta tomar as decisões que sejam melhores para todos. Pode-se relacionar a Ralph a democracia, o governo, a ordem e a responsabilidade. A Jack, pode-se relacionar a barbárie e o lado negro da humanidade. Muitos consideram que ele representa o facismo.

Essa é uma das muitas interpretações e análises possíveis de se tirar do livro. Vale a pena conferir também o filme baseado na trama. Há duas versões, uma lançada em 1963, considerada fiel ao livro, e outra lançada em 1990, que difere em partes do original.

Letícia Almeida

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de parabenizar a todos por esse Blog!
Os textos estão muito bons e o nome do Blog é ótimo.
Para quem gosta de discussões sobre filosofia, este parece ser um bom lugar!

Mais uma vez, parabens aos integrantes!

Lê, gostei muito do texto, muito bom!
Te adoro, um beijo!
Gabriel

Anônimo disse...

este blog é p-e-r-f-e-i-t-o!!!!
já adicionei nos meus favoritos, vou acessá lo todos os dias....por isso atualizem sempre!!!!
beijao

Anônimo disse...

Olá!
Vim retribuir a visita ao douta-ignorância e agradecer essa dica do "Lord of the Flies". Sou fã de LOST e acho que a inspiração é óbvia até demais. Gosto dessa analise do comportamento das pessoas fora do contexto de sociedade a que eles estão acostumadas. Os filmes e o livro já entraram na minha lista de boas intenções.