quinta-feira, 29 de março de 2007

Ex-sistere

"Quanto mais penso, menos sou".
Kierkegaard

Como não concordar que a verdade é a subjetividade? Mas não no sentido vulgar; não se trata de um relativismo barato ao nível das preferências e dos gostos. A questão aqui é que se pode abstrair-se de tudo: do céu, do inferno, das situações e das pessoas, mas impossível abstrair-se de si. Estamos sempre presentes, diante de nós mesmos, ainda que fora de nós. Eis o que é a existência: é ex-sistere, estarmos fora de nós. Aqui aparece então o primeiro grande paradoxo: como se está sempre presente, sempre perante si mesmo com toda a força do corpo e do intelecto, sendo-se abertura e um inerente fora de si?

Aline Marcelino

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa, gostei! Um pouco complicado de entender, mas me deixou pensando muito aqui.
E ainda não consegui uma resposta para esse paradoxo... aliás, se é paradoxo, bem difícil mesmo ter resposta, né? hehehe
Parabéns, Aline!