sexta-feira, 27 de abril de 2007

Filosofia?!?!?


Estávamos conversando (eu, Evandro, Luisa e outros membros do grupo) e levantamos a questão de que muitos não sabem definir o que é realmente filosofia, muito menos saber o que pode ser considerado um assunto como filosofia ou não. Resolvemos, então, criar esse post para discutir seu significado.

Na verdade, uma definição precisa do termo "filosofia" é impraticável. Tentar formulá-la poderia até gerar equívocos. Sabe-se que é uma palavra derivada do grego, philos - amor, amizade e sophia - sabedoria.
Pode-s
e afirmar que é um ramo do conhecimento que pode ser caracterizado de três modos: seja pelos conteúdos ou temas tratados, seja pela função que exerce na cultura, seja pela forma como trata tais temas. Com relação aos conteúdos, contemporaneamente, a Filosofia trata de conceitos tais como bem, beleza, justiça, verdade. Mas nem sempre a Filosofia tratou de temas selecionados, como os indicados acima. No começo, na Grécia, a Filosofia tratava de todos os temas, já que até o séc. XIX não havia uma separação entre ciência e filosofia. Portanto, em seu início, a Filosofia pode ser considerada como uma espécie de saber geral, omniabrangente. Um tal saber, hoje, haja vista os desenvolvimentos da ciência, é impossível de ser atingido pelo filósofo.

A filosofia originou-se da inquietação gerada pela curiosidade humana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente aceitas sobre a sua própria realidade. A partir dela, surge a Ciência, pois o Homem reorganiza as inquietações que assolam o campo das idéias e utiliza-se de experimentos para interagir com a sua própria realidade. Desse modo, a partir da inquietação, o homem através de instrumentos e procedimentos equaciona o campo das hipóteses e exercita a razão.

Atualmente, pode-se dizer também que filosofia é uma disciplina, ou uma área de estudos, que envolve a investigação, análise, discussão, formação e reflexão de idéias (ou visões de mundo) em uma situação geral, abstrata ou fundamental.

Didaticamente, a Filosofia divide-se em:
Lógica: trata da preservação, da verdade e dos modos de se evitar a inferência e raciocínio inválidos.
Metafísica ou ontologia: trata da realidade, do ser e do nada.
Epistemologia ou teoria do conhecimento: trata da crença da justificação e do conhecimento.
Ética: trata do certo e do errado, do bem e do mal.
Filosofia da Arte ou Estética: trata do belo.

Em suma, a filosofia consiste no estudo das características mais gerais e abstratas do mundo e das categorias com que pensamos: mente (pensar), matéria (o que sensibiliza noções como quente ou frio sobre o realismo), razão (lógica), demonstração e verdade.

Fontes: Prof. Dr. Delamar José Volpato Dutra [UFSC/CNPq], Wikipédia e Ewing, A. C. (1984):
As Questões Fundamentais da Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar
Obs: a imagem é somente uma brincadeirinha... hehehe =]

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Primeiro seminário - Apologia de Sócrates





“A Filosofia é o caminho para a verdadeira felicidade e cujos misteres são dois : Contemplar a Deus e abstrair a alma do sentido corpóreo”.

( Sócrates )



Foi apresentado, na última quinta-feira, pelo grupo Douta Ignorância, o primeiro seminário de filosofia do ano. O grupo baseou-se no livro "Apologia de Sócrates" para fazer a apresentação.

Foram abordados vários apectos interessantes da vida do filósofo, desde a época em que ele viveu - Século de Péricles - até o seu julgamento, do qual saiu condenado.

Passou-se pela criação do conceito de maiêutica, que é o momento do "parto" intelectual da procura da verdade no interior do Homem. A auto-reflexão. Sócretes aplicou-a para questionar os supostos "detentores do conhecimento" - os nobres - os quais se diziam mais sábios que o resto do povo. Sócrates, então, questionava-os e eles nada sabiam responder.

Foi contada a história de quando Sócrates consultou o oráculo de Delfos e descobriu que era o homem mais sábio de sua época. Porém, o filósofo não concordou com esta afirmação e procurou pessoas que ele julgava serem sábias (políticos, poetas, artesãos) e chegou à conclusão de que ninguém o era realmente.

Por fim, contou-se a respeito do julgamento de Sócrates, que fez a sua defesa em forma de perguntas para Meleto - acusador - que não tinha respostas e , se as tivesse, Sócrates já as previa. Após a condenação, Sócrates pôde escolher sua pena, porém não aceitaram o que ele, ironicamente, propôs: fazer refeições onde os vencedores das Olímpiadas faziam. Então, ele preferiu ser condenado à morte a parar de filosofar.

Foi feita uma analogia entre Sócrates e Martin Luther King, o qual defendia que os negros não deveriam acatar a tudo o que quisessem os brancos, ou seja, ele defendia a igualdade entre os seres humanos. Sócrates, por sua vez, pediu para que as pessoas fizessem justiça, não deixando que a soberba e o dinheiro prevalecessem no mundo.

Para completar a apresentação, foram passados slides de alguns julgamentos relevantes da História e, tabém, fotos de pessoas marcantes no cenário brasileiro e mundial.

O seminário, em seu todo, foi muito bom. Percebeu-se que o grupo empenhou-se bastante, o que implicou um resultado positivo. Aprendeu-se bastante sobre Sócrates com esta apresentação.

Por trás das câmeras

“Nossa sociedade não é de espetáculos, mas de vigilância”
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir



Espiar, ver, olhar, espreitar, vasculhar, vigiar, [re]conhecer são termos que expressam a natural curiosidade humana. A vontade de burlar o privado, superar os muros, abrir as portas, escancarar as janelas nos acompanha. Faz parte há muito de nosso imaginário saber como é a vida do vizinho, afinal, viver, por exemplo, em apartamento nos delimita certas intimidades: prédios próximos, janelas frente a frente, paredes que separam as residências, portas de entrada que se encontram, elevador e corredores comuns. O voyerismo é natural do ser humano.

Concorrendo para essa vontade de olhar, temos a possibilidade de ver oferecida pelas câmeras de segurança, internas ou não, olho-mágico, interfones que, usados para manter a segurança, servem também para anonimamente vigiar sem ser visto, invadindo o território alheio. A lente de vigilância inevitavelmente transcende a proteção/preservação do privado, monitora todo o espaço que seu olhar atinge e esse olho indiscreto pode inibir quem por ele passar, visto que o olhar perturbador da câmera pode alterar o comportamento de quem sabe que pode estar sendo visto, como propôs Foucault através da estrutura do Panóptico.

Não preciso lembrar que estamos em um mundo pós-moderno, próprio do fragmento, da difusão de tecnologias, da explosão de informações, da velocidade cada vez mais giga poderosa, da necessidade [quase obrigatória] de percorrer muitos campos quase que ao mesmo tempo. Eis o que encontramos à nossa volta. Nesse novo tempo, estamos sendo, gradativamente, estimulados e acostumados com a perda da intimidade e, de algum modo, da subjetividade também. Um exemplo marcante são os programas de reality show, como o Big Brother, que foi o tema abordado pelo grupo "A cabeça bem feita" no mini-seminário apresentado no dia 5 de Abril.



O termo Big Brother (Grande Irmão) é referência ao livro “1984”, de George Orwell. Mas o reality show "Big Brother" consiste em um monitoramento de pessoas confinadas numa casa 24 horas por dia, com posterior exposição pública de suas intimidades. Um programa composto em sua estrutura por um número X de participantes e que durante algum período disputam não apenas o prêmio final, mas também a simpatia do telespectador. Os programas permitem ao espectador analisar/avaliar a partir de várias câmeras o comportamento do participante no jogo. O grupo traçou um paralelo com a alegoria do panóptico, usada por Foucault (1926-1984) em seu livro Vigiar e Punir, de 1975. Essa alegoria explicita um modelo de prisão circular de celas individuais, dividas por paredes e com a parte frontal exposta à observação do vigia por uma torre do alto, no centro, de de maneira que o vigia poderia observar-lhes e eles não o saberem.Como a invasão é consciente tanto para quem vê quanto para quem é visto, os participantes acabam vestindo uma máscara, assumindo uma postura divergente da própria. São atores sociais: incorporam um estilo de vida e atuam durante o programa. Não há como pensar que os participantes agem naturalmente durante o confinamento. Eles têm consciência da não-privacidade a que se sujeitaram, pretendem ganhar o prêmio maior do programa. Para isso, precisam convencer de alguma forma quem os assiste, adquirir simpatia para que não sejam eliminados e possam continuar na competição. Mas um fator está a favor de todos os competidores: eles têm um público que gosta de assisti-los e eles de serem vistos.

"Infelizmente a audiência se prende muito a esses programas que exploram o que o ser humano tem de mais pobre. Explora o sentido e as sensações que aproximam muito o ser humano do ambiente natural, onde ele mais se nivela aos animais” - defende Laurindo Leal Filho (sociólogo e jornalista, publicou “A Melhor TV do Mundo, o modelo britânico de televisão” entre outros), em mais uma entrevista onde não faltam críticas à pobreza de conteúdo da televisão brasileira - que quase sempre nivela por baixo seus programas de democráticas sensações facilmente inteligíveis.



Do anonimato para a fama instantânea. Durante o período de duração do programa Fulano de Tal se torna tão conhecido, amado, idolatrado, odiado. Conhecemos seus dramas, medos, desejos, sua família, sua vida é vasculhada. Quem pertencia à multidão passa a uma seleta classe de pessoas cujas vidas são acompanhadas por milhões de telespectadores. Os 15 minutos de fama se expandem para algumas semanas. O jogador, se conseguir cativar público permanecerá ainda ascendente na mídia, mesmo depois do término do programa.
Esse olhar "Big Brother" ao qual o público está se habituand, demonstra ter sido captado pelo cinema, como prova o sucesso de películas do estilo de Invasão de Privacidade (1993), O show de Truman (1998) e Violação de privacidade (2004). O que estes filmes têm em comum é retratar a arte do voyeurismo, o prazer sentido em ver o que é privado, o que não é exposto a todos. Afinal, somos outros quando estamos sozinhos, nos despimos de formalidades, ficamos, em certa medida, mais à vontade.

O cidadão precisa de um espelho que diga o que é a sociedade, a vida, porque a identidade é reativa: constrói-se a partir da negação do diferente. A vontade de conhecer e observar o íntimo do outro é a vontade de conhecer a si mesmo. O Big Brother consegue suprir todas essas carências: é um mundinho, um simulacro, onde os seres sobrevivem à sua maneira; há as intrigas, o romancezinho, o amavelmente empático e amigo, o sujeito inescrupuloso (ele será didaticamente eliminado, “é feio”. E se ganha, entram em discussão em rodas filosóficas por todo o país, a perversão moral e cívica dos brasileiros...). Sim, nos ensinam o que é viver. Por mais que a idéia não seja agradável - e novamente retificamos o fator “além-bb7”. É o efeito espelho inverso: mostra-se a imagem, imediatamente o concreto se materializa do outro lado, esse real.

Finalmente, poderia apontar para os episódios de reality shows, a presença de câmeras de monitoramento dentro e fora de ambientes privados e públicos e o enfoque dado à vigilância através de expoentes da literatura e do cinema, como mostras de um imaginário em ascensão. Um imaginário que se consolidou de uma maneira impensável nos últimos cinqüenta anos, e que encontrou nas últimas décadas um público cada vez mais ávido por imagens e informações capazes de revelar o outro em sua intimidade. Quem sabe, a ênfase nesse imaginário revele algo além do que a simples curiosidade pela vida alheia. Talvez, seja o indício de uma vingança pessoal: a sociedade que tem sua própria privacidade cada vez mais exposta, exige como troca o olhar e a história do outro. Afinal, sorria: você está sendo filmado.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Eternidades da Semana

"Em um dos vídeos, divulgado pela NBC nesta quarta-feira, o atirador diz que lhe deixaram 'apenas uma opção'. 'Havia centenas de bilhões de opções e maneiras para evitar o que aconteceu hoje', afirma Cho Seung-Hui, que enviou a correspondência de Blacksburg, onde fica a Universidade Virginia Tech. 'Mas vocês decidiram derramar meu sangue. Vocês me encurralaram e me deixaram apenas uma opção. Agora têm suas mãos manchadas de sangue para o resto de suas vidas'."
Correio Web, 18/04



Massacre na Virgínia. Mais um entre tantos.

Cada vez mais a cultura “übercapitalista” – especialmente nos EUA, onde há a claríssima divisão entre nativos e migrantes, vencedores e perdedores, a pátria-mãe dos programas estilo “TV-Crime”, vai se perpetuando a cultura de medo, ódio e segregação.
Some-se isso à extrema facilidade para se comprar uma arma de fogo e voilá: o cenário perfeito para um desajustado mental fazer sua chacina.
Professores e colegas disseram que se sentiam incomodados com o jeito “esquisito” do rapaz e seus textos “violentos” nas aulas. Mas ninguém fez nada, não houve quem se importasse com ele, nenhuma pessoa foi lhe perguntar se havia algo de errado.

Os sinais nunca são vistos nem ouvidos, tampouco sentidos.

Resta agora buscar as razões, ficar se perguntando como era a vida de um solitário migrante coreano de família muito pobre, num país predisposto à segregação.
Tanto lá como aqui, não há pensamento sem anacronismo, não há discussões além dos telejornais da referente semana. Enquanto estaremos, daqui dez ou vinte anos, discutindo o João Hélio da vez, eles estarão com seus Columbines e suas Virgínias.

E nunca entenderemos nada.

sábado, 14 de abril de 2007

Entre o Real e o Virtual


" - É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."- Criar laços?- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."
[“O pequeno príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry]



Antes de falarmos sobre a apresentação do Grupo 4 , dia 12 de abril sobre o Big Brother Brasil e o ato de vigiar, gostaria de voltar ao do Grupo 3 ,dia 05 de abril , cujo tema abordado foi a fragilidade das relações humanas no contexto atual .

O grupo abordou o tema usando uma metodologia bem interessante . Usou artifícios que podiam completar e fortalecer essa “pauta quente” que são os relacionamentos virtuais . Mostraram uma cena do filme “Closer” que mostra a ilusão que a Internet pode causar .Um dos protagonistas acredita estar conhecendo uma mulher quando na verdade está conversando com um homem . O filme todo , aliás , retrata relacionamentos que duram frações de segundos , que são absolutamente mutáveis .
Falaram ainda sobre o livro (já citado neste blog) “Amor Líquido” de Zygmunt Bauman , que explora de maneira singular a fragilidade dos laços humanos . No final do prefácio , Bauman avisa "Este livro é dedicado aos riscos e ansiedades de se viver junto, e separada, em nosso líquido mundo moderno". E citaram trechos de outra famosa obra "O pequeno príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry.

A questão é que o mundo atual é marcado pela velocidade , pela superficialidade das relações . Vivemos um mundo prático onde a prática do afeto cuidadosamente construído, uma relação com bases sólidas, tornou-se artigo de luxo . O ser humano diz que seu tempo é gasto com trabalho , com família , com prazeres cada vez mais fugazes e portanto não pode ter o devido cuidado às pessoas que conhecem . Hoje os sites de relacionamento estão com seus arquivos cada vez mais lotados de pessoas procurando um par perfeito , a alma gêmea da sua , e esquecem da antiga “Cartilha da Vovó” , onde o dia a dia , as mostras diárias eram as provas de que se precisava para termos certeza da pessoa com quem “viveríamos felizes para sempre” (Vide o Site “Par Perfeito" , disparadamente o site que mais recebe cadastros na Internet).

A psicóloga Paula Dely , fala um pouco sobre “A magia dos relacionamentos virtuais” no site “Aprende Brasil” :
“Os tempos mudaram. Há alguns anos, as amizades — ou algo mais — começavam quando as pessoas se encontravam (fosse do jeito que fosse), conheciam-se e achavam que tinham algo a ver. Mesmo que a amizade se desenvolvesse por telefone ou por carta, o mínimo que poderia esperar é que as pessoas se conhecessem ao vivo. Namoro com um desconhecido? Isso era considerado “loucura” ou um tipo de romantismo completamente fora de moda. Eis, então, que surge a Internet e tudo isso parece virar de cabeça para baixo (...) . Parece até que há um encanto especial em conhecer pessoas sem conhecê-las de fato. E há. Talvez a magia esteja em poder se mostrar ao outro não do jeito que se é, mas como gostaria de ser. Pela rede, é possível ser bonito, desinibido, engraçado, conquistador ou qualquer outra coisa que se queira. Tudo isso com um risco mínimo, já que a pessoa do outro computador não tem a menor idéia de com quem está conversando.(...) Apesar disso, conhecer pessoas pela Internet pode ser uma experiência muito interessante, principalmente se você tomar algumas precauções: - O óbvio: não acredite em tudo o que as pessoas dizem nos chats. Muita gente fica encantada com belos discursos ou promessas de paixões devastadoras sem jamais ter colocado os olhos no(a) autor(a) das palavras. Isso aumenta o risco de desilusões e de problemas futuros. Um pé atrás não faz mal a ninguém. - Não dê informações detalhadas sobre você na rede, como endereço, telefone ou particularidades sobre sua rotina para pessoas que não conhece. Há vários casos documentados de pessoas que entram em salas de bate-papo para saber informações a respeito de pessoas por motivos nada amistosos (seqüestradores ou pessoas que costumam abusar sexualmente de crianças e adolescentes). - Não troque os seus relacionamentos reais pelos virtuais. Analise se você não passa mais tempo conversando com desconhecidos na Internet do que com as pessoas com quem convive. Se isso estiver acontecendo, é o momento para parar e pensar sobre o porquê dessa preferência. Um relacionamento virtual pode ser incrível, mas ele não deve substituir a realidade. Talvez o que torne os relacionamentos virtuais realmente mágicos seja exatamente a possibilidade de eles virarem relacionamentos reais, pois só o convívio pode proporcionar algumas surpresas. Ou você já ouviu falar em “paixão à primeira teclada”?”

Certo ou errado não podemos julgar . Real ou virtual o que não se pode perder de vista é que conhecer a fundo às pessoas com as quais nos relacionamos é extremamente importante. Muitos se casam com quem conhecem pela Internet . Outras conhecem aqueles que mais tarde serão seus algozes. O fato é que voltando a “Cartilha da Vovó” , prudência nunca fez mal à ninguém . Não se deve privar de um meio como a Internet , mesmo porque o mundo hoje é realmente prático e segue o que a “rede” manda, mas estabelecer laços fortes e intensos ainda é algo valioso . Absolutamente essencial , ainda que virtual .

terça-feira, 10 de abril de 2007

Laços Humanos


Eu não estive presente no último mini-seminário do dia 5, mas, pelos comentários que ouvi, parece que foi uma apresentação muito interessante. Parabéns pela idéia do grupo! Queria aproveitar e colocar aqui o livro citado por eles, Amor Líquido, de Zygmunt Bauman e uma sipnose que eu encontrei no site http://www.zahar.com.br/.



Amor Líquido
Sobre a fragilidade dos laços humanos

A modernidade líquida – um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível – em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Zygmunt Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos em atividade, investiga nesse livro de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais “flexíveis”, gerando níveis de insegurança sempre maiores. A prioridade a relacionamentos em “redes”, as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade – e freqüentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual –, faz com que não saibamos mais manter laços a longo prazo. Mais que uma mera e triste constatação, esse livro é um alerta: não apenas as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados, mas também a nossa capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada. Como exemplo, o autor examina a crise na atual política imigratória de diversos países da União Européia e a forma como a sociedade tende a creditar seus medos, sempre crescentes, a estrangeiros e refugiados. Com sua usual percepção fina e apurada, Bauman busca esclarecer, registrar e apreender de que forma o homem sem vínculos — figura central dos tempos modernos — se conecta.

Letícia Almeida

quinta-feira, 5 de abril de 2007

terça-feira, 3 de abril de 2007

Breve descrição da história dos EUA:



Complementando o mini-seminário apresentado na última quinta-feira, gostaria de fazer uma reflexão em torno dessa animação. Ela está presente no documentário Tiros em Columbine, de Michael Moore. É bem exagerada na verdade, assim como os outros documentários do cineasta, mas o que eu quero não é analisar se ela está totalmente correta ou não. O que me chamou a atenção nessa animação é que, tirando os exageros, explica um pouco o porquê do "discurso do medo" funcionar muitas vezes com os americanos.

Eu queria trazer essa história para o Brasil. No mini-seminário foi dito que existem pessoas que se preocupam tanto em criticar o Bush e os Estados Unidos que esquecem de olhar para nosso país e para os problemas que temos aqui. Então parei para pensar como seria uma breve descrição igual a essa, mas sobre a história do Brasil. Dá para imaginar? Se fizéssemos um tour, passando pela chegada dos portugueses, pela monarquia, república, ditadura, enfim, por todos os momentos que nosso país já passou, seria algo muito diferente disso? Desse medo, escravidão, domínio, matança, busca pelo conforto etc? Não estou afirmando nada, só estou pensando mesmo...

O que vocês acham?

Letícia Almeida