segunda-feira, 23 de abril de 2007

Eternidades da Semana

"Em um dos vídeos, divulgado pela NBC nesta quarta-feira, o atirador diz que lhe deixaram 'apenas uma opção'. 'Havia centenas de bilhões de opções e maneiras para evitar o que aconteceu hoje', afirma Cho Seung-Hui, que enviou a correspondência de Blacksburg, onde fica a Universidade Virginia Tech. 'Mas vocês decidiram derramar meu sangue. Vocês me encurralaram e me deixaram apenas uma opção. Agora têm suas mãos manchadas de sangue para o resto de suas vidas'."
Correio Web, 18/04



Massacre na Virgínia. Mais um entre tantos.

Cada vez mais a cultura “übercapitalista” – especialmente nos EUA, onde há a claríssima divisão entre nativos e migrantes, vencedores e perdedores, a pátria-mãe dos programas estilo “TV-Crime”, vai se perpetuando a cultura de medo, ódio e segregação.
Some-se isso à extrema facilidade para se comprar uma arma de fogo e voilá: o cenário perfeito para um desajustado mental fazer sua chacina.
Professores e colegas disseram que se sentiam incomodados com o jeito “esquisito” do rapaz e seus textos “violentos” nas aulas. Mas ninguém fez nada, não houve quem se importasse com ele, nenhuma pessoa foi lhe perguntar se havia algo de errado.

Os sinais nunca são vistos nem ouvidos, tampouco sentidos.

Resta agora buscar as razões, ficar se perguntando como era a vida de um solitário migrante coreano de família muito pobre, num país predisposto à segregação.
Tanto lá como aqui, não há pensamento sem anacronismo, não há discussões além dos telejornais da referente semana. Enquanto estaremos, daqui dez ou vinte anos, discutindo o João Hélio da vez, eles estarão com seus Columbines e suas Virgínias.

E nunca entenderemos nada.

4 comentários:

Unknown disse...

Foi horrivel , assuatador o que aconteceu .
A prova do quanto a vida humana se tornou um NADA hoje !!!!

beijos

[Interessante o post]

Anônimo disse...

Americanos ?
EU TERIA MATADO TODOS !

Aryanna Oliveira disse...

Fiquei choacada com o que aconteceu .
Ouvi a justificativa do garoto e ele dizia que não aguentava o menosprezo dos americanos com pessoas ditas "comuns" , na faculdade , mas seria esse um motivo real para se matar pessoas ?
Aliás , será que existe um motivo plausível para isso ?

Letícia Almeida disse...

Eu acho que nenhum motivo justifica o que ele fez.
Mas isso poderia servir pelo menos para que comecem a ter uma maior preocupação com jovens que se sentem excluídos e menosprezados da sociedade...