
"Descartes deseja ser o nível da cognição um self-made-man. Ele é o Samuel Smiles do empreendimento cognitivo"
Ernest Gellner
O Seminário que serviu como tema para o 3º bimestre de 2007 do curso de filosofia, foi o apresentado pelo Grupo Cartesius, que tratou da obra "O Discurso Sobre o Método", de René Descartes, também conhecido como Cartesius, que obviamente deu inspiração ao nome do Grupo.
Descartes foi um filósofo, físico e matemática, tendo se notabilizado por ser o inventor do sistema de coordenadas cartesiano, que influenciou o desenvolvimento do Cálculo moderno.
Ele é, para muitos, o fundador da filosofia moderna e pai da matématica moderna. Inspirou gerações de filósofos, desenvolvendo uma filosofia que só seria passada pela metodologia de Newton.
A dúvida foi o pilar do pensamento de Descartes. Ele pretendia fundamentar o conhecimento humano através de bases sólidas. E uma base sólida só seria averiguada após a contestação (dúvida) seguida de um julgamento que o levaria á certeza.
Sinteticamente, se duvidava, pensava, e se pensava , existia. Vem daí o termo "Cogito ergo sum" - "Penso, logo existo". Com isso Descartes anunciava a verdade primeira "eu existo" o que basta para todo desejo de conhecimento.
Seu método cartesiano, consistia portanto, no ceticismo metodológico. Duvidar de cada idéia que possa ser duvidada, a fim de provar que algo existe. Nada pode ser comprovado sem que antes tenha causado dúvida.
O método se baseava na realização de quatro tarefas básicas:
1) A evidência : Verificar possiveis evidências reais sobre o objeto estudado;
2) A análise : Dividir cada umas das dificuldades em quantas parcelas forem possíveis;
3) A síntese : Agrupar novamente as idéias num todo verdadeiro e;
4) A enumeração : de todas as conclusões e princípios estudados, a fim de manter a ordem do pensamento.
Apesar de apresentado de modo claro, o seminário terminou com alguns questionamentos e muitas caras de "O que estão falando?". Enfim foi transmitido com grande estudo.
Esse é Descartes, essa é sua base de pensamento. Tire pois suas conclusões.


Segue abaixo um 



Já sob a perspectiva do bom humor como forma
A temática do bom humor foi muito bem escolhida pelo grupo, pois desperta reflexão em todos os seus aspectos. A comédia dos dias de hoje, por exemplo, é cada vez mais distorcida pelos meios de comunicação, principalmente pela televisão, transformando-se em uma forma de expor mulheres, homens e palavras de maneira inadequada. O humor como forma de cura, tema do segundo tópico do mini seminário, seria muito mais eficiente se não tivesse que enfrentar tanta burocracia por parte dos médicos e hospitais. E, finalmente, o bullying poderia ser evitado se os seres humanos fossem menos etnocêntricos, preconceituosos e, em geral, mais tolerantes com as diferenças. 






O termo Big Brother (Grande Irmão) é referência ao livro “1984”, de George Orwell. Mas o reality show "Big Brother" consiste em um monitoramento de pessoas confinadas numa casa 24 horas por dia, com posterior exposição pública de suas intimidades. Um programa composto em sua estrutura por um número X de participantes e que durante algum período disputam não apenas o prêmio final, mas também a simpatia do telespectador. Os programas permitem ao espectador analisar/avaliar a partir de várias câmeras o comportamento do participante no jogo. O grupo traçou um paralelo com a alegoria do panóptico, usada por Foucault (1926-1984) em seu livro Vigiar e Punir, de 1975. Essa alegoria explicita um modelo de prisão circular de celas individuais, dividas por paredes e com a parte frontal exposta à observação do vigia por uma torre do alto, no centro, de de maneira que o vigia poderia observar-lhes e eles não o saberem.Como a invasão é consciente tanto para quem vê quanto para quem é visto, os participantes acabam vestindo uma máscara, assumindo uma postura divergente da própria. São atores sociais: incorporam um estilo de vida e atuam durante o programa. Não há como pensar que os participantes agem naturalmente durante o confinamento. Eles têm consciência da não-privacidade a que se sujeitaram, pretendem ganhar o prêmio maior do programa. Para isso, precisam convencer de alguma forma quem os assiste, adquirir simpatia para que não sejam eliminados e possam continuar na competição. Mas um fator está a favor de todos os competidores: eles têm um público que gosta de assisti-los e eles de serem vistos.







"Uma sutil análise da psicologia infanto-juvenil e com uma profunda, mas desolada, reflexão sobre os fundamentos antropológicos da violência e da ânsia de poder.”